sábado, 22 de novembro de 2008

Mima, um presente inesperado

Sábado, véspera do dia das mães, resolvi ficar no trabalho até mais tarde... precisava organizar alguns detalhes, era 19hs, finalizei detalhes as 21hs.
Comecei a apagar as luzes e se aproximar da porta, vi que passaram dois marginais discutindo e bebendo, esperei eles passarem para mim poder sair segura do trabalho, qd baixei a grade, vi os marginais correndo atrás de uma gatinha, que estava muito assustada e fazia voltas para se salvar, gritei, mas não me escutaram, entrei no carro e fui até a esquina, eles já tinham ido embora e vi um miado de medo em um cantinho, se aproximei e era a gatinha, peguei ela no colo aflita e fui na redondeza tocar interfones para ver se achava o tal dono, poderia ter fugido de algum prédio, toquei um interfone qualquer e um rapaz atendeu, perguntei se ele tinha uma gatinha, ele brincando, achou que eu era alguma amiga fazendo piadinhas no interfone e abriu a porta, subi com a gata no colo e o rapaz levou um susto, me disse que pensou que era outra coisa, sem jeito, pedi se ele n sabia de quem era o dono, pois estava gordinha e com bigodes tosados (provavelmente pelo detalhe era de alguma criança), provavelmente tivesse um lar, toquei campainha de outros prédios, mas nenhuma resposta, eu não podia deixar ela ali naquele local inseguro, os marginais poderiam voltar e matá-la, coloquei no carro e levei para minha casa, abri a porta e disse: - Mãe tenho algo sério pra te contar!
- Uns marginais tentaram matar uma gatinha e eu não pude deixá-la no local, não achei o dono, deixa ela ficar aqui, por favor, vou achar um lar...
Ela, super furiosa, me responde: - Não quero saber mais de bichos, temos demais!
-Não tem espaço, essa gata vai dormir lá fora!
-Leve pra alguém, aqui não quero!
Mostrei-a para e meu pai já foi agradando, minha mãe decepcionada com o presente antecipado, nem falou comigo...
Levei para meu quarto escondido, enchi de mimos, boa ração, água fresquinha e um paninho bem gostoso pra ela dormir...
Assustada, ficou uns 3 dias debaixo da minha cama, ela tinha um temperamento violento, ursinhos de pelúcia eram estraçalhados quando chagavam nas garras dela, surrava os outros gatos da casa,
Prometi a minha mãe que ia doá-la o quanto antes, q seria um lar temporário, minha mãe estava se apaixonando com o passar dos dias, mas não queria dar o braço a torcer...
Apareceram alguns pretendentes na internet, um deles estava certo para doação, comprei todo o enxoval, casinha, paninho, pratos, ração, areia sanitária, filézinho de carne em sachê, fiz até um manual de como cuidar de gatos, e um bilhete gigante para entregar ao novo dono...
Data marcada para a adoção, o futuro dono aparece, fiz um questionário de perguntas, e entre uma perguntinha desisti da adoção com a resposta na hora...
Hoje, passaram-se alguns meses e a Mima é outra gatinha, ativa, alegre, gorda, não destrói mais ursinhos, nem briga com os outros maninhos, por isso eu friso que os animais não são violentos, nem fazem maldades, o ser humano é que os ensina de tal forma que estes se tornam agressivos, a maneira que você educa, é a maneira que ele vai se transformar... Chego em casa ela está a minha espera na porta, vou no computador ela quer ficar próxima, vou ver TV, quer meu colo, vou almoçar, ela fica no tapete se exibindo pra mim, fidelidade extrema, retribuição de amor.
Como me sinto? Feliz em ter um bichinho que me retribui um amor fora do comum por tê-la acolhido, me mostra o quanto sou especial todos os dias, nem o ser humano é capaz de ser tão fiel e tão amoroso quanto um gato, que se doa, sem pedir nada em troca. Quando você se sentir triste, pode ter certeza de que esse ser maravilhoso virá ao teu encontro pedindo uma atenção exclusiva, aí tchau tristeza!
Adote um gatinho e tenha um fiel amigo!!!

Nome: Carol da Silveira
Gatinha: Mima

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